Update COVID

Coisas que não consigo entender:

1. O PM a refugiar-se na lei relativamente à ocorrência do congresso do PCP - o facto da lei habilitar o seu acontecimento, não quer dizer que tire dos seus ombros a responsabilidade de apelar, em frente aos Portugueses, que o mesmo não aconteça (mas claro, por questões que já sabemos, não dá jeito).

É o mínimo que se pode fazer considerando que o congresso é em Loures, e neste mesmo estarão a ser suprimidas liberdades constitucionais aos seus habitantes.


2. Qual o criterio pelo qual foi definido, em concreto, 13 horas como hora de fecho dos restaurantes. Porquê 13 em concreto, e não 14? E depois dizer aos Portugueses que somos dos poucos países na Europa a deixar os restaurantes abrir - como se alguém almoçasse às 11.30, ou como se algum restaurante se arriscasse a gastar dinheiro - num momento PANDÉMICO - para abrir até às 13. Permitam, pelo menos, que os restaurantes ganhem uma refeição; ou assumam o seu fecho aos fins de semana sem medo de se tornarem impopulares.


3. Como é que o PM dá tolerância de ponto ás entidades publicas e tem o descaramento de "apelar a que as privadas façam o mesmo" num momento em que cada dia de trabalho é crítico nas privadas? (seja pelas consequências diretas da pandemia; ou pela burocracia que é aceder a apoios estatais de longo prazo)

Mais ainda, como é que faz este apelo às empresas privadas, seguindo-se a apresentação do insucesso que foi o seu apelo anterior ao teletrabalho - informando que o mesmo será alvo de fiscalizações? Qual o valor do "apelo" do PM? 

Alguém acredita que alguma entidade privada em momento PANDÉMICO, com a sua situação financeira muitas vezes em estado crítico, dará dois dias às pessoas?


4. Durante dias e meses a fio foi defendido por Tiago Brandão Rodrigues e Marta Temido que escolas e universidades não eram focos de propagação covid; mas sim jantares de convívio - o que por si já é um engano, porque muitas pessoas mais novas nem manifestam sintomas. Como é que sabemos se os mais novos não estão infetados, e serão também eles elementos contagiadores nessas confraternizações? Existe um "conservadorismo" nos mecanismos de ensino, mas não é assim que o vendem aos Portugueses claro. 

Afinal, se fizermos como o governo - e ignorarmos as listas de escolas infetadas da FENPROF - e insistimos que não há associação entre instituições de ensino e contágios, porque é que então se para as atividades letivas nos dias 30 e dia 7? Então há ou não há peso das instituições de ensino no surgimento de focos infecciosos?

Porque não - tal como noutros países da Europa - continuar com (pelo menos o Ensino Secundário / Superior) em modelo online?


5. Esta é a que tenho mais dificuldade em entender: como mantenho a distância de segurança de 2 metros num transporte público? Por vezes tenho que me deslocar de metro e é impossivel; o mesmo com comboios, autocarros e barcos. 


6. Como é o PM capaz de começar a sua conferência com dados semanais - criando uma falsa sensação de optimismo - na semana em que tivemos o record de novas infecções e de mortes? 

Mas mesmo que assim seja, e que as coisas estejam "ligeiramente melhores" conforme referido pelo mesmo, como é que se começa com essas palavras e se passa a restrições "mais severas" do que as dos últimos 15 dias?

Em suma, percebe-se pouco ou nada do que foi adicionado às medidas de há 15 dias, a não ser a restrição de deslocação entre concelhos e a máscara no trabalho (embora muitas empresas até já o estivessem a fazer) pelo que não consigo retirar das declarações nenhum elemento DE PESO adicionado no combate ao alastramento da COVID-19.


E pergunto: não é isto muita informação para os Portugueses, para a nossa cabeça? Permanentes alterações e modificacões. Como garantimos que a camada mais sénior da população tem capacidade de acompanhar tais transformações?

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